Caso de Influenza Aviária no Uruguai acende alerta vermelho para surto na América do Sul
Causando surtos em diversos países da Europa, América do Norte e Ásia desde 2020, a influenza aviária (H5N1) ameaça agora chegar na América do Sul. A doença, que já causou prejuizos de cerca de 3 bilhões de dólares na cadeira produtiva, tem seu primeiro caso registrado no continente. A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) informou que está acompanhando as ações após a confirmação de ocorrência de caso de Influenza Aviária em ave silvestre (no caso, um cisne negro) no sul do Uruguai. A entidade está em contato direto com a Asociación de Productores Avícolas Sur (APAS), entidade avícola local, juntamente com representantes de demais organizações da América Latina. Esta situação registrada no Uruguai (com aves silvestres) é exemplo de caso que não suspenderia o comércio e exportações de produtos avícolas, conforme recomendações estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
ALERTA VERMELHO
O caso acende o alerta vermelho no setor no Brasil, pois desde a segunda metade de 2022 já houve registros de incidências também na Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Uruguai e Paraguai. "O caso mais próximo do Brasil ocorreu na Bolívia, mas caso ocorra uma transmissão para o Amazonas, por exemplo, o país perde o status sanitário, o que traria graves prejuízos para o setor", afirma o diretor presidente da agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Martins.
A ABPA informou, através de comunicado oficial, que os protocolos de biosseguridade brasileiros seguem elevados, em especial na proteção de seus planteis industriais, com proibição total de visitas às granjas e unidades produtoras, entre outros cuidados sanitários já adotados pelas agroindústrias, como controle total do fluxo de aves e rações, desinfecção de veículos, trocas de roupas, reforço às proteções nas propriedades contra aves migratórias, e outras medidas.
A entidade também está em contato direto com o Ministério da Agricultura do Brasil, monitorando o quadro junto às nações vizinhas. Cabe lembrar que o Brasil nunca registrou focos e segue livre da enfermidade em seu território.
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