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O custo dos fertilizantes nas alturas não foi culpa somente da pandemia do novo coronavirus, mas sim, de uma sucessão de problemas. Em determinado momento, o valor em alguns produtos triplicou. Não bastasse isso, os gargalos começaram a surgir de forma sequencial, com os imbróglios envolvendo a falta de contêineres para transporte em virtude das restrições de circulação nos portos estratégicos para o insumo.
Para piorar, teve ainda as crises energéticas na Europa e até mesmo no Brasil e a suspensão da venda dos fertilizantes por parte da Belarus. O ápice desse cenário de desordem no mercado de fertilizantes foi a guerra travada entre Rússia e Ucrânia. O primeiro é tido como o maior exportador de NPK (soma de elementos químicos nitrogênio, fósforo e potássio) do mundo. De acordo com o analista da StoneX Inteligência de Mercado a partir de maio do ano passado, o preço dos fertilizantes começou a cair.
“Estamos em um canal de queda. Isso não representa quedas contínuas toda a semana. Dentro de um canal de queda, temos momentos em que os preços tendem a subir um pouco. Os picos são cada vez menores que os ciclos anteriores. Quando sobe, e menor que da última vez, o mesmo se aplicando quando os valores caem”, destaca o analista.
Essa realidade tende a ser observada pelos produtores até o ano que vem, na ótica de Marcelo Mello. Além disso, a iminência de conclusão do plantio da safra americana para as próximas semanas, o mercado vai despencar, com quedas bem robustas.
Além disso, atingir essa autossuficiência é uma missão impossível, devido aos custos embutidos para esse avanço, atrelados ao nitrogênio, envolvendo o alto custo, o potássio, que a falta de minério e também o fósforo, esse mais abundante no Brasil. “Enfim, é um problema estrutural da economia brasileira”.
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Após a crise dos fertilizantes, mercado brasileiro vive agora um canal de queda
Segundo analista da StoneX, o custo dos fertilizantes nas alturas não foi culpa somente da pandemia do novo coronavirus, mas sim, de uma sucessão de problemas
Depois da crise dos fertilizantes, notabilizada por uma junção de fatores diretos e indiretos, o mercado experimenta agora o chamado canal de queda. Para entender melhor sobre esse assunto, a equipe de reportagem do Portal Rural News conversou com Marcelo Castro Ferreira Mello, analista da StoneX Inteligência de Mercado na área de fertilizantes.O custo dos fertilizantes nas alturas não foi culpa somente da pandemia do novo coronavirus, mas sim, de uma sucessão de problemas. Em determinado momento, o valor em alguns produtos triplicou. Não bastasse isso, os gargalos começaram a surgir de forma sequencial, com os imbróglios envolvendo a falta de contêineres para transporte em virtude das restrições de circulação nos portos estratégicos para o insumo.
Para piorar, teve ainda as crises energéticas na Europa e até mesmo no Brasil e a suspensão da venda dos fertilizantes por parte da Belarus. O ápice desse cenário de desordem no mercado de fertilizantes foi a guerra travada entre Rússia e Ucrânia. O primeiro é tido como o maior exportador de NPK (soma de elementos químicos nitrogênio, fósforo e potássio) do mundo. De acordo com o analista da StoneX Inteligência de Mercado a partir de maio do ano passado, o preço dos fertilizantes começou a cair.
“Estamos em um canal de queda. Isso não representa quedas contínuas toda a semana. Dentro de um canal de queda, temos momentos em que os preços tendem a subir um pouco. Os picos são cada vez menores que os ciclos anteriores. Quando sobe, e menor que da última vez, o mesmo se aplicando quando os valores caem”, destaca o analista.
Essa realidade tende a ser observada pelos produtores até o ano que vem, na ótica de Marcelo Mello. Além disso, a iminência de conclusão do plantio da safra americana para as próximas semanas, o mercado vai despencar, com quedas bem robustas.
Em determinado momento, o valor em alguns produtos triplicou
Auto suficiência
Atualmente, o Brasil importa 85% do fertilizante consumido no mercado interno. Uma das alternativas para mitigar o impacto gerado pelos preços seria a produção própria ou a autossuficiência. “Em curto prazo, é utopia pensar nisso para o Brasil, mas acho que é um objetivo justo, correto e necessário”, salienta Mello.Além disso, atingir essa autossuficiência é uma missão impossível, devido aos custos embutidos para esse avanço, atrelados ao nitrogênio, envolvendo o alto custo, o potássio, que a falta de minério e também o fósforo, esse mais abundante no Brasil. “Enfim, é um problema estrutural da economia brasileira”.
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