Energia
Atualmente, para lidar com essa tarefa complexa, o ONS utiliza softwares que aplicam modelos matemáticos avançados, projetados para encontrar soluções eficientes. No entanto, esses modelos têm mostrado limitações e, frequentemente, simplificam a realidade, resultando em discrepâncias entre o que os modelos preveem e a eletricidade gerada.
Diante desse cenário e com o objetivo de melhorar a precisão dos modelos usados, o ONS está propondo uma série de mudanças para 2025. Uma das principais alterações envolve a forma como as usinas hidrelétricas (UHE) são agrupadas nos modelos.
Hoje, as usinas são agrupadas em blocos representativos, ao invés de serem tratadas individualmente. Por exemplo, ao invés de contar mais de 100 usinas hidrelétricas separadamente, é realizado um agrupamento em 12 blocos. Essa abordagem simplifica o processo, mas pode levar à perda de informações individuais e detalhadas. A nova proposta é utilizar dados individuais das UHEs ao longo de 12 meses, com o objetivo de aprimorar a acurácia das previsões.
Além disso, os modelos atuais têm dificuldade em reagir rapidamente a situações críticas, como a escassez de chuvas ou aumentos bruscos no consumo. Como consequência, esse atraso pode provocar corte no fornecimento e resultar em apagões.
Para mitigar esse problema, os modelos já são programados para serem avessos ao risco, ajustando suas escolhas de usinas em momentos de crise para garantir o fornecimento, embora isso possa aumentar o custo da energia elétrica.
A proposta para 2025 é intensificar essa aversão ao risco, mesmo que isso resulte em custos ainda mais elevados para a geração de energia.
Essas mudanças têm como objetivo refinar a precisão dos modelos de geração de energia e fortalecer a segurança do sistema elétrico nacional. Com ajustes na forma de agrupamento das usinas e uma abordagem mais rigorosa em situações de risco, o ONS quer garantir uma resposta mais eficaz às variações e crises do setor.
Ao melhorar a precisão das previsões e a capacidade de reação, a meta é assegurar um fornecimento mais confiável e sustentável para todo o país, refletindo com maior certeza as realidades dinâmicas do sistema elétrico.
*Alan Henn é graduado em Engenharia Elétrica pela USP (Universidade de São Paulo). É CEO e fundador da Voltera Energia, companhia que conecta e democratiza o acesso de qualquer empresa do Brasil ao mercado livre de energia. A Voltera entrega energia limpa, com preço baixo e uma gestão integrada com inteligência e tecnologia.
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Novos modelos de geração de energia a partir de 2025
*Alan Henn, CEO da Voltera Energia
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem enfrentado um desafio constante: garantir a geração de energia elétrica de forma que atenda à demanda de maneira segura e econômica, em diferentes períodos, que vão de minutos a meses.Atualmente, para lidar com essa tarefa complexa, o ONS utiliza softwares que aplicam modelos matemáticos avançados, projetados para encontrar soluções eficientes. No entanto, esses modelos têm mostrado limitações e, frequentemente, simplificam a realidade, resultando em discrepâncias entre o que os modelos preveem e a eletricidade gerada.
Diante desse cenário e com o objetivo de melhorar a precisão dos modelos usados, o ONS está propondo uma série de mudanças para 2025. Uma das principais alterações envolve a forma como as usinas hidrelétricas (UHE) são agrupadas nos modelos.
Hoje, as usinas são agrupadas em blocos representativos, ao invés de serem tratadas individualmente. Por exemplo, ao invés de contar mais de 100 usinas hidrelétricas separadamente, é realizado um agrupamento em 12 blocos. Essa abordagem simplifica o processo, mas pode levar à perda de informações individuais e detalhadas. A nova proposta é utilizar dados individuais das UHEs ao longo de 12 meses, com o objetivo de aprimorar a acurácia das previsões.
Além disso, os modelos atuais têm dificuldade em reagir rapidamente a situações críticas, como a escassez de chuvas ou aumentos bruscos no consumo. Como consequência, esse atraso pode provocar corte no fornecimento e resultar em apagões.
Para mitigar esse problema, os modelos já são programados para serem avessos ao risco, ajustando suas escolhas de usinas em momentos de crise para garantir o fornecimento, embora isso possa aumentar o custo da energia elétrica.
A proposta para 2025 é intensificar essa aversão ao risco, mesmo que isso resulte em custos ainda mais elevados para a geração de energia.
Essas mudanças têm como objetivo refinar a precisão dos modelos de geração de energia e fortalecer a segurança do sistema elétrico nacional. Com ajustes na forma de agrupamento das usinas e uma abordagem mais rigorosa em situações de risco, o ONS quer garantir uma resposta mais eficaz às variações e crises do setor.
Ao melhorar a precisão das previsões e a capacidade de reação, a meta é assegurar um fornecimento mais confiável e sustentável para todo o país, refletindo com maior certeza as realidades dinâmicas do sistema elétrico.
*Alan Henn é graduado em Engenharia Elétrica pela USP (Universidade de São Paulo). É CEO e fundador da Voltera Energia, companhia que conecta e democratiza o acesso de qualquer empresa do Brasil ao mercado livre de energia. A Voltera entrega energia limpa, com preço baixo e uma gestão integrada com inteligência e tecnologia.
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