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Ritmo de produção da avicultura se acelerou no terceiro trimestre de 2022; CEPEA aponta recorde

Apesar dos abates terem expandido relativamente pouco (0,9%) sobre o 3ºT 21 (nos trimestres anteriores haviam caído), a produção de carne cresceu 2,7% em função do maior peso médio das carcaças, segundo Os dados fazem parte do relatório Radar Agro

A oferta no setor de avicultura de corte em 2022, após um primeiro semestre com ritmo de produção mais contido, se acelerou a partir do terceiro trimestre. Apesar dos abates terem expandido relativamente pouco (0,9%) sobre o 3ºT 21 (nos trimestres anteriores haviam caído), a produção de carne cresceu 2,7% em função do maior peso médio das carcaças. Os dados fazem parte do relatório Radar Agro sobre proteínas animais, produzido no dia 30 de dezembro de 2022 pela equipe do Itau BBA.

Segundo os números apresentados no documento, olhando para o acumulado dos nove meses, a produção de carne de frango somou 11,16 milhões de toneladas, 2,1% maior sobre jan-set/21. No mesmo período, as exportações avançaram 5,3% num total de 3,54 milhões de toneladas, e, mesmo assim, a disponibilidade interna (7,6 milhões de toneladas) foi 0,7% maior sobre o ano passado. Com isso, os técnicos do Itaú BBA estimam o consumo per capita médio do ano foram de 47 kg.

CEPEA APONTA RECORDE

O volume de carne de frango exportado pelo Brasil renovou o recorde em 2022, segundo balanço dos pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Departamento de Economia, Administração e Sociologia - ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). Para eles, com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e o aumento do número de casos de gripe aviária no Hemisfério Norte, a demanda externa pela proteína brasileira cresceu significativamente.

Esse cenário somado à menor oferta de animais durante o ano elevaram os preços domésticos da carne frente aos de 2021 (em termos nominais). De acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção de frango na Ucrânia, um dos maiores fornecedores mundiais da proteína, deve diminuir 8,4% em 2022 frente à de 2021.

Para os técnicos do CEPEA, o contexto econômico global também favoreceu as exportações brasileiras de carne de frango em 2022 – com a inflação elevada em diversos países, muitos acabaram suspendendo as tarifas sobre as importações da proteína, na tentativa de reduzir os impactos na economia local.


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