Drones e Aviação Agrícola dominam debates na manhã do segundo dia oficial da Agrobalsas
O tema “Segurança ao Setor Aeroagrícola do Brasil” foi destaque na manhã desta quarta-feira na Agrobalsas, feira que acontece na cidade de Balsas, região Sul do Maranhão, de 16 a 20 de maio de 2023.
Dois palestrantes abordaram o tema. O primeiro deles foi Cláudio Júnior Oliveira, diretor opercional do SINDAG (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agricola) e representante do IBRAVAG (Instituto Brasileiro de Viação Agrícola). Outro palestrante foi Lucas Fernandes de Souza, servidor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) falou sobre a regulamentação no uso da viação aérea e drones no agronegócio.
Cláudio Júnior de Oliveira falou sobre as normas de uso de aviões e drones na agricultura brasileira e desmistificou fatos errôneos da atividade, acusada muitas vezes de ser prejudicial ao meio ambiente. Segundo ele, a atividade é totalmente segura e regulamentada. “Para se atuar numa empresa de aviação agrícola, obrigatoriamente precisa-se ter um engenheiro agrônomo coordenador, um técnico agrícola com um curso a mais de executor e um piloto agrícola, que precisa ter um curso específico na área”. Informou.
De acordo com Cláudio, a atividade sofre muito por preconceito ao setor. “Todas as situações em que se acusa-se a participação de aviões é investigada e a maioria dos casos aponta para notícias falsas”, afirma. Claudio diz que foi pessoalmente, por exemplo, num caso no Maranhão onde tinha sido divulgado que um avião agrícola tinha sobrevoado uma área urbana e pulverizado produto químico em crianças. “As crianças tinham, segundo a notícia, até ficado com a cabeça branca, afetada pelo suposto produto químico. Porém, ao se investigar a situação, não foi comprovado nada”, afirmou. “E quem paga pelo prejuízo à imagem do setor nesse caso? “, questiona Cláudio.
A segurança do setor é tão rígida que todo dia 15 de cada mês as empresas de pulverização são obrigadas a gerar relatórios de aplicação. Ou seja, todas as aplicações são documentadas pelo Ministério da Agricultura, com a assinatura do técnico agrícola e do piloto como responsáveis por essa aplicação. Isso tudo compöe o ESG, que são as atividades de Segurança Ambiental, Social e de Governança do setor, finaliza cláudio.
REGULAMENTAÇÃO
Já o servidor do MAPA, Lucas Fernandes de Souza, falou sobre a regulamentação e leis que regem a atividade de viação na agricultura. Conforme ele, o Decreto Lei nº 917-1969, em seu artigo 1º, compete ao MAPA propor as políticas e legislar a respeito da aviação agrícola no Brasil. O que está causando um grande problema, segundo Lucas, é a criação de leis e decretos municipais e estaduais legislando sobre o tema, o que não é permitido.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento tem feito esforços para levar, sempre que provocado, informações sobre a atividade através dos seus servidores. “Estamos constantemente, através do nosso corpo técnico, participando de feiras, fórums e eventos para levar conteúdo sobre a legislação da atividade”, informa Lucas.
Outra questão sobre a atividade é o impacto ambiental. Muitas vezes, ambientalistas culpam a aviação agrícola por montandade de abelhas e outros agentes polinizadores no maio ambiente, trazendo grande prejuízo à lavoura e ao meio ambiente. Existe também o impacto no população urbana, quando há proximidade de áreas habitadas com áreas rurais. Lucas afirma que a atividade tem normas e regras e, se forem seguidas corretamente, não corre-se o risco desses impactos negativos. “É uma questão de comunicação. Muitas vezes os apicultores e os agricultores tem se comunicar. E é muito simples a solução, pois basta os apicultores não liberarem as abelhas de suas colméias nos horários de aplicação”, afirma. Do mesmo modo, se for seguido as regras das aplicações, observando fatores como força do vento, por exemplo, o problema da deriva também é resolvido.
O servidor do MAPA também destacou que a popularidade dos drones hoje está levando muitos produtores rurais a usarem a tecnologia da forma errada. “Qualquer produtor rural pode comprar um drone. Não há nenhum problema nisso. Porém, o produtor rural tem que se atentar às regras de uso. Esse equipamento tem que ser registrado no Ministério da Agricultura e o operador tem que possuir curso específico de operador para a atividade”, salientou.
Após as palestras, foi formada uma mesa redonda para debater o tema. Os palestrantes responderam perguntas do público e dos internautas que acompanharam a transmissão online em tempo real do evento.
A programação completa da feira pode ser acessada pelo site oficial: https://www.agrobalsas.com.br
Diariamente, de 16 a 20 de maio, também acontece transferência de informações e tecnologias durante a feira, com atividades como o Dia de Campo Mirim, Visita nas Vitrines Vivas de Culturas e Animais e através de cursos e oficinas no Auditório do Parque Agrobalsas.
SERVIÇO
O QUE É: Agrobalsas
ONDE: Fazenda Sol Nascente, em Balsas, região Sul do Maranhão.
QUANDO: de 16 a 20 de maio de 2023
SITE OFICIAL: www.agrobalsas.com.br
INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
Newmidia Comunicação - Jair Reinaldo dos Santos (45) 99972-6114.
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