Soja abre em alta em Chicago refletindo perspectivas da safra norte-americana
Os contratos futuros negociados com soja em Chicago iniciaram a semana em alta de 5 cents, a U$ 14,89/maio. No entanto, os contratos mais distantes operam em leve queda, refletindo as boas perspectivas para a safra norte-americana.
Na sexta-feira (feriado no Brasil), houve perdas de 14 cents. Na semana, a baixa acumulada superou 2%. Os participantes seguem atentos em relação ao humor do mercado financeiro.
Mas, de acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR, os fatores mais importantes estão no campo fundamental: finalização da colheita da safra recorde no Brasil, início da colheita frustrada pela seca na Argentina e, até aqui, bom começo do plantio da safra norte-americana. Também, a demanda global não tem apresentado nenhum sobressalto.
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De acordo com o levantamento da consultoria Safras & Mercado a colheita da safra brasileira de soja chega a 91,1%, ante 91,4% do mesmo ponto no ano passado. Houve evolução de 5 pontos na semana. No Rio Grande do Sul, de acordo com a Emater, 54% da área está colhida. Na mesma data do ano passado, o índice era de 55% e, na média histórica, de 75%.
Line-up de navios indica que o Brasil poderá exportar mais de 14,0MT de soja neste mês. Até a primeira quinzena de abril, o volume acumulado somava 22,7MT, ante 24,2MT do mesmo intervalo do ano passado.
Atraso na colheita e uma série de transtornos logísticos deixaram lento o ritmo dos embarques neste início de estação – que deve se acelerar no decorrer. As projeções indicam exportações de 94,0MT, ante 77,5MT do último ciclo.
Mercado Interno
A retomada dos negócios após o feriado não traz nenhuma boa notícia para o produtor brasileiro. Os preços seguem pressionados.
O câmbio volta a trabalhar em alta, mas os prêmios se mantêm fundos no campo negativo. Ainda pesa a grande oferta brasileira, as boas perspectivas para a safra dos EUA e certa acomodação da demanda.
A colheita brasileira está na reta final e, com a alocação do produto nos armazéns, o ritmo de negócios tende a permanecer moderado. Prêmios nos portos brasileiros são indicados na faixa de -185 / -170.
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