Bom andamento da safra brasileira de milho pressionam preços no mercado interno
Os contratos negociados com milho na Bolsa de Chicago (CBOT), chegam ao intervalo nesta manhã de quarta-feira, 19/04, em baixa de 3 a 5 cents. Em maio está cotado em U$ 6,74.
Na BMF, os preços trabalham com nova queda no pregão de hoje. Se postam abaixo dos R$ 70,00 pela primeira vez desde dezembro de 2020. Maio opera em R$ 68,80 (-1,8%) e julho em R$ 69,00 (-2,2%).
De acordo com o analista de mercado Camilo Motter, da Corretora Granoeste de Cascavel/PR, o mercado é pressionado pela queda do petróleo, pela força do dólar, pelo bom avanço do plantio nos EUA, especialmente na porção sul, e pelo bom andamento da safra brasileira, que tende a alcançar um novo recorde histórico.
Contudo, nos EUA, o mercado está atento diante da possibilidade de uma intensa onda de frio para os próximos dias. Isso pode atrasar os trabalhos de campo e até prejudicar o desenvolvimento das áreas já semeadas.
De acordo com o DERAL, a colheita de milho verão no PR chega a 82%. A produção está estimada em 3,7MT, ante 2,9MT colhidas na safra/verão do ano passado.
Em relação ao milho safrinha, o Departamento avalia que 97% estão em boas condições e apenas 3% das lavouras são consideradas regulares e ruins. Quanto ao estágio, 86% estão em desenvolvimento vegetativo; 12% em floração e 3% em frutificação.
Mercado Interno
Mercado interno se mantém lento e pressionado, com cotações nos patamares mínimos em mais de dois anos e centrado exclusivamente em operações domésticas.
Aumento do interesse vendedor, avanço da colheita de verão, bom aspecto das lavouras de safrinha e acomodação das cotações internacionais e no câmbio seguem prevalecendo na formação do preço.
Olhando mais à frente, as atenções se mantêm focadas no comportamento climático, que será decisivo para a determinação da produtividade. Sobretudo neste ano em que boa parte das lavouras foi semeada mais tardiamente.
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